Jackson em entrevista ao Indie London

O site Indie London teve recentemente a chance de entrevistar Jackson Rathbone. Nesta entrevista ele fala sobre suas experiências filmando O Último Mestre do Ar (The Last Airbender) e A Saga Crepúsculo. Fala também sobre sua fama repentina.

Jackson Rathbone fala sobre alguns dos desafios de fazer O Último Mestre do Ar do diretor M. Night Shyamalan e também como vai ser voltar ao estúdio de Crepúsculo para o ultimo filme, Amanhecer.

P: Eu acredito que na sua familia existe uma tradição de atores de filmes?

Jackson Rathbone: Sim, eu tenho uma relação próxima com Basil Rathbone. Ele é o primo de 3º grau do meu avô. Ele é um dos maiores criadores da história de Hollywood. Estávamos falando sobre isso antes. No filme eu usava um bumerangue! Sou o oposto de todos esses personagens que têm todas essas habilidades especiais como poder manipular fogo, água ou terra... e Sokka anda por aí com um bumerangue e um grande lado estrategista de guerra. Você o vê ir de só um jovem com um coração de guerreiro a um líder rebelde durante o filme, e ele se defende mesmo que seja só com um bumerangue. Eu espero que se possamos fazer os outros dois filmes, as pessoas vejam o Sokka se tornar um esgrimista. Então, eu realmente poderei seguir os passos de Basil Rathbone.

P: Há uma grande quantidade de computação gráfica nesse filme. Então, você já chegou num ponto onde você vê o filme complete e pensa ‘oh, era pra isso que eu estava olhando, era isso’?

Jackson Rathbone: Era uma boa mistura entre ir até a Groenlândia e ter o senso da realidade de de onde nossos personagens vieram, e poder filmar em um dos mais incríveis estúdios que eu já vi em minha vida – eu acho que foi o maior estúdio que já foi construído na costa Leste na Filadélfia. Com o personagem Momo, tinha um boneco que era do mesmo peso e tamanho dele no filme. Eles colocavam o boneco lá para nos dar o senso de o que era então eles tiravam e nós filmávamos. Mas eu acho que a coisa mais difícil foi quando eu conheci Appa e eu estou só mexendo uma lança... No set na Groenlândia não havia absolutamente nada lá. Night e eu falamos sobre isso e ele me mostrou fotos do que fariam com aquilo. Ele me explicou como a cena funcionaria na pós produção e etc. Mas foi uma das cenas mais difíceis pra mim, pra saber até o quão longe eu poderia usar a lança. Estou esfaqueando a criatura? Ou só a furando? Pra onde ele vai? Foi uma experiencia incrível ver o filme um ano e meio depois e esse incrível trabalho feito pela melhor empresa de computação gráfica no mercado. ILM certamente colocou mágica em O Último Mestre do Ar.

P: Você ficou muito famoso nos últimos anos. Qual foi o lugar mais estranho em que você foi reconhecido?

Jackson Rathbone: O lugar mais estranho onde eu fui reconhecido? Na minha própria casa. Foi bem estranho, sei lá... Na minha vida inteira eu nunca fui o tipo de cara que sai para boates, ou para o shopping. Eu sempre tive um pequeno grupo de amigos com os quais eu ficava fazendo arte. Quando eu entrei no teatro pela primeira vez eu era muito novo – com 13 ou 14 anos eu já estava entrando no teatro comunitário em Midland, Texas, e eu tínha um grupo pequeno de amigos. Eu meio que notei que todas as garotas bonitas eram atrizes e eu queria ficar onde elas estavam. Então, eu entrei no teatro por isso e me apaixonei pela arte. Eu tocava música e atuava ao mesmo tempo.
Agora, eu passo o tempo escrevendo músicas com amigos que conheço por 10 anos. Eu pude atuar com um elenco maravilhoso, em O Último Mestre do Ar e com um produtor e diretor incríveis. E com a Série Crepúsculo eu tive um elenco incrível também... e grandes diretores e produtores. Eu fui extremamente sortudo na minha carreira para poder trabalhar constantemente com pessoas que eu respeito e admiro, e com atores que são as melhores pessoas que eu conheci na vida. Eu mantenho meu círculo pequeno e não saio e faço coisas que me colocam nos tablóides.
P: Eu acho que a pergunta foi feita pra refletir numa resposta igual uma que Leonardo DiCaprio deu uma vez, quando revelou que o lugar mais estranho que fora reconhecido foi na floresta Amazônica, quando um nativo disse: “Você é o cara de Titanic...” ele disse que foi bizarro pois não existem TVs ou cinema lá. Esse tipo de coisa...
Jackson Rathbone: Nós filmamos na Groenlândia e eles tinham esse cinema local onde nós filmamos, o que foi bem legal. Mas sim, todos de lá nos conheciam. Estávamos nessa pequena cidade chamada Ilulissat e foi incrível. Night me conseguiu um show em um pub e eu toquei violão... só eu e o violão. Então Frank Marshall e eu fomos lá e ele cantou Stormy Mondays e eu toquei guitarra com a banda local e nos ganhamos alguns fãs. Então eu acho que esse foi o lugar mais estranho, dando uma resposta muito longa para uma pergunta simples.

P: Sua co-estrela Kellan Lutz disse na conferência de imprensa de Eclipse que vocês dois tiveram umas dificuldades? Pois depois de O Último Mestre do Ar você achou que era invencível?

Jackson Rathbone: Oh, não... Eu acho que fica um pouco exagerado na conferencia. Foi interessante pois depois de O Último Mestre do Ar eu fiz esse treinamento de Kung Fu. Então eu fui filmar Eclipse e nós estávamos ensaiando tudo e o outro elenco e eu falamos sobre técnicas de luta e que se você está na câmera, o soco vai até muito perto de seu rosto, e como fazer ficar realista. Kellan, eu acho que ficou um pouco animado demais quando filmamos pois era seu primeiro filme de ação, e é isso que ele ama fazer, mas ele fez contato com minha têmpora. Ele não me derrubou, mas me deixou um pouco abalado. Eu fiquei meio balançado... continuamos filmando, entretanto, fizemos mais 5 tomadas. Então nós fizemos uma pausa e eu sentei e o mundo ficou um pouco embaçado. Eu ficava tipo: “Isso foi interessante...” Os produtores ficaram preocupados, por que afinal, era o dinheiro deles no jogo, então me mandaram para o hospital para ser examinado. Eu estava bem. Queria voltar ao trabalho. Mas eles me deixaram o dia de folga e eu voltei no dia seguinte as 5 da manhã, então... Não deixou uma marca, mas a mão dele estava machucada, então...

P: Você é o vencedor então?
Jackson Rathbone: Acho que sim. Ele me bateu e eu não caí, estou bem feliz com isso.

Fonte: Indie London via Jackson Rathbone Source