segunda-feira, 12 de julho de 2010

Guia oficial ilustrado revela os bastidores de Eclipse.

"O apetite do público pede mais, e a história de Crepúsculo sempre serve mais", enfatizou o coprodutor de Eclipse Bill Bannerman, ao dar depoimento para o compêndio de quase 150 páginas formatado pelo autor Mark Cotta Vaz, sob o título A saga Crepúsculo: Eclipse - Guia oficial ilustrado do filme. Candidato a encabeçar a lista de best-sellers do The New York Times, no rastro dos guias assemelhados que celebraram Crepúsculo e Lua nova, o misto de livro e revista subsidia, com informações técnicas e muitas imagens, tanto profissionais ligados à indústria cinematográfica quanto os fãs excessivamente afoitos, que integram o grupo dos twilighters, uma legião multiplicada não apenas em blogs, mas onipresente até nos locais utilizados no set das adaptações da tetralogia assinada por Stephenie Meyer. Para se ter ideia, a equipe alega ter visto declarados fãs de Vancouver (Canadá) comparecendo até nas filmagens feitas na Itália.
Autor da publicação que examina os bastidores da famosa empresa Industrial Light & Magic (que serviu à clássica Star Wars), Mark Cotta Vaz, no novo livro, entra em minúcias como explicar a mágica de se haver multiplicado para 8 milhões o número de pelos digitais para cada um dos lobos vistos nas telas. Muito específica, a narrativa traz registros como o uso de três perucas para a composição de Bella (Kristen Stewart), a presença de 700 pessoas envolvidas no andamento do filme e a criação de uma árvore (em alumínio) com 12 metros de altura e revestimento feito com espuma para a decisiva cena na gélida região montanhosa do desfecho.
Na leitura, há a informação de que o lutador de kickboxing Jonathan Eusebio serviu como consultor para os treinos de luta do elenco, depois da participação nos bastidores de Homem de Ferro 2. As cenas mais intensas da série são as de ação de Eclipse, avalia o ator Jackson Rathbone, que responde pela interpretação do vampiro Jasper Hale, alvo de intensas revelações no novo capítulo. O encadeamento da trama, por sinal, surge como prioridade, na declaração mais relevante de Robert Pattinson, o vampiro Edward. "Minha maior esperança é a de que os fãs vejam o quanto os filmes estão conectados e não são só produções aleatórias", sublinha o galã. A visão do produtor Wyck Godfrey corrobora o peso da dinâmica no produto final: "Todos adoramos Eclipse porque é o filme com mais ação e mais viril".

Vermelho

Artifícios como a criação de storyboards para a primeira e movimentada cena do ataque a Riley (Xavier Samuel, dado, à certa altura, como "um general hipster") estão descritos no capítulo Sombras reunidas. Nele, há delimitação para o emprego das cores impressas no filme: tons frios de azul para cercar o clã dos Cullen; o vermelho avançando sobre a representação da nação quileute e paleta terrosa para circundar o universo da pequena cidade de Forks. Diretor do filme, David Slade comparece para explicar o "componente emocional" atrelado ao uso das cores. As gradações novamente entram em pauta, quando o diretor de fotografia Javier Aguirresarobe comenta a aparição, em quadro, dos temidos Volturi: "É uma imagem monocromática, austera e dura, uma imagem que exala medo".
A explicação da mescla entre as cenas realmente captadas no Monte Seymour (ao norte de Vancouver) e as obtidas nos estúdios geram curiosidade, assim como o trecho em que o efeito do "tapete mágico" - para as ágeis cenas de perseguição na floresta - é descrito, com comentários das sucessivas corridas na esteira de 30 metros que era rebocada por um caminhão. Truques como o emprego de sacos de "batata" (na verdade, objetos dimensionados com mais de dois metros para simularem o tronco dos lobos, em cena) fizeram parte das criações do Tippet Studio (de Phil Tippet, um dissidente da chefia da Industrial Light & Magic), associado a Image Engine, empresa que respondeu pelos efeitos de Distrito 9, e em Eclipse, se ateve a quebra-cabeças como o estudo das propriedades dos cristais, a fim de darem base para as cenas em que os membros de alguns vampiros foram partidos, nos trechos de maior violência.
 
Fonte: Correio Braziliense

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