Não vá ver esse filme porque você ouviu dizer que é o primeiro filme Americano a escalar um ator com Síndrome de Down como principal; Girlfriend não usa desse artifício para atrair o público.
Filmado em uma cidadezinha de Massachusetts, o filme conta a história de Evan (Evan Sneider) um jovem rapaz com Síndrome de Down que mora com sua mãe e trabalha com ela em um café.
O amor da vida de Evan é Candy (Shannon Woodward), uma jovem mãe solteira que não consegue se livrar de seu ex-namorado, Russ (Jackson Rathbone). Evan, Candy e Russ frequentaram a escola juntos, onde Candy e Russ eram um casal conhecido. Com Russ fora da jogada, Evan quer desesperadamente que Candy seja sua namorada. Quando ele recebe um dinheiro inesperado, ele divide com Candy para que ela possa pagar algumas de suas dívidas. Para o romântico Evan, cuidar de Candy faz dele seu namorado porque é isso que namorados devem fazer. Eu simplesmente amei Shannon Woodward em seu papel como Candy, a jovem mãe em conflito, que tenta cuidar de seu filho e manter um teto sobre suas cabeças.
Que sua personagem, Candy, não consiga resistir ao imprestável Russ é compreensível, levando em conta a sexualidade de bad boy do ator Jackson Rathbone. As expressões sutis em seu rosto demonstram suas emoções antagônicas com relação ao Evan, e fizeram com que eu desenvolvesse uma relação divergente de amor/ódio por sua personagem. Eu simpatizei com sua habilidade de me fazer entender o motivo dela aceitar o dinheiro do apaixonado Evan, mas eu também a odiei por continuar fazendo isso mesmo depois de entender que Evan deseja um relacionamento com ela. Como Evan, Evan Sneider trás para a tela um personagem completo, que tem Síndrome de Down.
Evan é um homem apaixonado, e sua sincera adoração por Candy e preocupação por seu filho, o tornam igual a qualquer outro possível namorado em seu desejo de cuidar dela. O que faz o drama interessante é o fato de que Evan e Candy não estão no mesmo nível intelectual nem emocional. O intelecto de Candy é bastante superior ao de Evan mas ela não é madura o suficiente pra tomar decisões sábias em sua vida. Ela também não é emocionalmente estável pra cortar seu ex-namorado de sua vida ou pra deixar extremamente claro para Evan que ela não pode ser sua namorada. Por outro lado, Evan sabe como ser um namorado por assistir à novelas, que têm uma maneira falsa de olhar para a vida, que juntamente com sua fascinação por Candy desde o colegial o impedem de realmente entender o fato de que eles não podem ser um casal. O escritor/diretor Justin Lerner cai na cilada de muitos diretores de primeira viagem e coloca muitas histórias nesse filme. Talvez o fato de ter feito curta-metragens anteriormente o fez acreditar que ele não tinha história suficiente para prender a platéia.
Quem sabe? Ao colocar algumas cenas desnecessárias no final do filme ele enfraquece seu próprio trabalho.
Ainda assim, vale a pena assistir Girlfriend porque a maior parte do roteiro funciona, e por causa da atuação de Shannon Woodward.
Fonte: TmTm Arts Radio, Setembro 2010
Filmado em uma cidadezinha de Massachusetts, o filme conta a história de Evan (Evan Sneider) um jovem rapaz com Síndrome de Down que mora com sua mãe e trabalha com ela em um café.
O amor da vida de Evan é Candy (Shannon Woodward), uma jovem mãe solteira que não consegue se livrar de seu ex-namorado, Russ (Jackson Rathbone). Evan, Candy e Russ frequentaram a escola juntos, onde Candy e Russ eram um casal conhecido. Com Russ fora da jogada, Evan quer desesperadamente que Candy seja sua namorada. Quando ele recebe um dinheiro inesperado, ele divide com Candy para que ela possa pagar algumas de suas dívidas. Para o romântico Evan, cuidar de Candy faz dele seu namorado porque é isso que namorados devem fazer. Eu simplesmente amei Shannon Woodward em seu papel como Candy, a jovem mãe em conflito, que tenta cuidar de seu filho e manter um teto sobre suas cabeças.
Que sua personagem, Candy, não consiga resistir ao imprestável Russ é compreensível, levando em conta a sexualidade de bad boy do ator Jackson Rathbone. As expressões sutis em seu rosto demonstram suas emoções antagônicas com relação ao Evan, e fizeram com que eu desenvolvesse uma relação divergente de amor/ódio por sua personagem. Eu simpatizei com sua habilidade de me fazer entender o motivo dela aceitar o dinheiro do apaixonado Evan, mas eu também a odiei por continuar fazendo isso mesmo depois de entender que Evan deseja um relacionamento com ela. Como Evan, Evan Sneider trás para a tela um personagem completo, que tem Síndrome de Down.
Evan é um homem apaixonado, e sua sincera adoração por Candy e preocupação por seu filho, o tornam igual a qualquer outro possível namorado em seu desejo de cuidar dela. O que faz o drama interessante é o fato de que Evan e Candy não estão no mesmo nível intelectual nem emocional. O intelecto de Candy é bastante superior ao de Evan mas ela não é madura o suficiente pra tomar decisões sábias em sua vida. Ela também não é emocionalmente estável pra cortar seu ex-namorado de sua vida ou pra deixar extremamente claro para Evan que ela não pode ser sua namorada. Por outro lado, Evan sabe como ser um namorado por assistir à novelas, que têm uma maneira falsa de olhar para a vida, que juntamente com sua fascinação por Candy desde o colegial o impedem de realmente entender o fato de que eles não podem ser um casal. O escritor/diretor Justin Lerner cai na cilada de muitos diretores de primeira viagem e coloca muitas histórias nesse filme. Talvez o fato de ter feito curta-metragens anteriormente o fez acreditar que ele não tinha história suficiente para prender a platéia.
Quem sabe? Ao colocar algumas cenas desnecessárias no final do filme ele enfraquece seu próprio trabalho.
Ainda assim, vale a pena assistir Girlfriend porque a maior parte do roteiro funciona, e por causa da atuação de Shannon Woodward.
Fonte: TmTm Arts Radio, Setembro 2010
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