Complicações
Bella e eu
andamos silenciosamente até a aula de biologia. Eu estava tentando me focar no momento,
na garota ao meu lado, no que era real e sólido, em qualquer coisa que mantivesse
as visões enganosas e sem sentido da Alice longe de minha cabeça. Nós passamos
por Angela Weber, lentamente na calçada, discutindo um exercício com um garoto
de sua aula de trigonometria. Eu vistoriei os pensamentos dela mecanicamente, esperando
mais desapontamentos, somente para ser surpreendido por seu teor melancólico.
Ah, então havia
alguma coisa que Angela queria. Infelizmente, não era algo que podia ser facilmente
embrulhado para presente. Eu me senti estranhamente confortável por um momento,
ouvindo a falta de esperança gritante de Angela. Um senso de afinidade de que
Angela nunca tomaria conhecimento passou por mim, e eu estava, naquele segundo,
quite com aquela garota humana. Eu estava estranhamente consolado em saber que
eu não era o único a viver uma trágica história de amor. Corações quebrados
estavam por toda parte. No segundo seguinte, eu estava abruptamente e
completamente irritado. Porque a história de Angela não tinha que ser trágica.
Ela era humana e ele era humano e a diferença que parecia tão intransponível em
sua cabeça era ridícula, realmente ridícula comparada à minha própria situação.
Não havia razão em seu coração quebrado.
Que tristeza
mais sem sentido, quando não havia nenhuma razão válida para ela não estar com
quem ela queria. Por que ela não tinha o que ela queria? Por que essa história
não
tinha um final
feliz? Eu queria dar a ela um presente… Bem, eu devia dar a ela o que ela
queria. Sabendo o meu efeito sob a natureza humana, isso provavelmente não
devia ser muito difícil. Eu analisei cuidadosamente a consciência do garoto ao
seu lado, o objeto de sua afeição, e ele não pareceu relutante, ele somente
estava bloqueado pela mesma dificuldade que ela estava. Falta de esperança e
submisso, assim como ela. Tudo que eu tinha que fazer era implantar a sugestão…
O plano se formou
facilmente, o script se escreveu sozinho sem esforço algum de minha parte. Eu
precisaria da ajuda de Emmet - convencê-lo a ir adiante com isso era a única dificuldade
de verdade. A natureza humana era muito mais fácil de se manipular do que a natureza
vampírica. Eu estava satisfeito com a minha solução, com o meu presente para
Angela. Era uma boa distração de meus próprios problemas. Gostaria que os meus
fossem tão fáceis de serem resolvidos.
Meu humor
estava lentamente melhorando enquanto eu e Bella nos sentávamos em nossos
lugares. Talvez eu devesse ser mais positivo. Talvez existisse alguma solução
para nós que estava me escapando, do mesmo jeito que a solução óbvia para
Angela não estava visível para ela. Não é muito provável… mas por que perder
tempo com falta de esperança? Eu não tinha tempo a perder quando se tratava de
Bella. Cada segundo importava.
O Senhor Banner
centralizou uma velha TV e vídeo. Ele estava pulando uma sessão que ele não
estava particularmente interessado - doenças genéticas - mostrando um vídeo nos
próximos três dias. O Óleo de Lorenzo não era uma peça muito alegre, mas isso
não parou a excitação na sala. Sem anotações, sem materiais de teste. Três dias
livres. Os humanos exultavam. Isso não me importava muito, de qualquer forma.
Eu não tinha planejado em prestar atenção em nada além de Bella.
Eu não puxei a
minha cadeira para longe dela hoje, para me dar espaço para respirar. Ao invés
disso, eu sentei perto, ao lado dela, como qualquer humano normal faria. Mais
perto do que nós sentamos dentro do carro, perto o suficiente para que o lado
esquerdo do meu corpo submergisse no calor que saía de sua pele.
Era uma
experiência estranha, tanto agradável quanto extremamente irritante, mas eu preferia
isso a sentar de frente para ela na mesa. Isso era mais do que eu estava acostumado,
e ainda eu rapidamente percebi que não era o suficiente. Eu não estava satisfeito.
Estando tão perto assim dela eu queria estar mais perto. A força era maior quanto
mais perto eu estava. Eu tinha a acusado de ser um imã para o perigo. Agora
mesmo, eu sentia que isso era literalmente verdade. Eu era o perigo, e, cada
centímetro que eu me permitia ficar mais próximo dela, sua força de atração
aumentava.
E então o
Senhor Banner desligou as luzes.
Foi diferente,
quanto de diferença isto fez, considerando que a falta da luz significa pouco aos
meus olhos. Eu podia ver perfeitamente quanto antes. Cada detalhe da sala era
claro. Então por que o súbito choque de eletricidade no ar, na sala escura que
não era escura para mim? Era porque eu sabia que eu era o único que podia ver
claramente? Ambos, Bella e eu éramos invisíveis para os outros? Como se
estivéssemos sozinhos, somente nós dois, escondidos em uma sala escura,
sentados tão perto um do outro…
Minha mão se
moveu na direção dela sem a minha permissão. Somente para tocar a sua mão,
segurá-la na escuridão. Isso teria sido um engano horrível? Se a minha pele a incomodasse,
ela só teria que puxar sua mão para longe…
Eu puxei
rapidamente minha mão de volta, cruzando meus braços firmemente contra o meu
peito e cerrei minhas mãos. Sem erros. Eu tinha prometido a mim mesmo que eu
não cometeria erros, não importassem quão mínimos eles parecessem. Se eu
segurasse a sua mão, eu iria querer mais - outro toque insignificante, outro
movimento para mais perto dela. Eu podia sentir isso. Um novo tipo de desejo
estava crescendo em mim, lutando para superar meu auto-controle.
Sem erros.
Bella cruzou
seus braços com segurança sob seu próprio peito, e suas mãos estavam
travadas como
bolas, assim como as minhas.
“O que você está pensando?”Eu estava morrendo para murmurar as
palavras para ela, mas a sala estava quieta o suficiente para se ouvir a mínima
conversação.
O filme
começou, iluminando a escuridão um pouco. Bella olhou para mim. Ela notou a maneira
rígida que eu mantinha meu corpo - assim como ela - e sorriu. Seus lábios se repartiram
lentamente, e seus olhos pareciam cheios de calorosos convites. Ou eu estava
vendo o que eu queria ver. Eu sorri de volta; sua respiração saiu em um baixo
ofego e ela olhou rapidamente para longe. Isso piorou as coisas. Eu não
conhecia seus pensamentos, mas eu estava repentinamente positivo de que eu
estava certo antes, e ela queria me tocar.
Ela sentia esse
desejo perigoso assim como eu.
Entre o seu corpo
e o meu, a intensa eletricidade.
Ela não se
moveu pelo resto da hora, mantendo-se rígida, postura controlada enquanto eu me
segurava. Ocasionalmente, ela me espiava de novo, e a eletricidade se agitava
como se um raio passasse por mim de forma repentina.
A hora passou -
mesmo assim suficientemente lenta. Isso era tão novo, eu poderia ficar sentado
aqui ao lado dela por todo o dia, só para experimentar esse sentimento por completo.
Eu tinha dúzias de diferentes argumentos para discutir comigo mesmo enquanto os
minutos passaram. Racionalidade lutando contra desejo enquanto eu tentava
justificar tê-la tocado.
Finalmente, Sr.
Banner ligou as luzes novamente.
Na brilhante
luz fluorescente, a atmosfera do quarto voltou ao normal.
Bella suspirou
e se espreguiçou, esticando os braços na sua frente. Isto deve ter sido desconfortável
para ela se manter naquela posição por muito tempo. Era mais fácil para mim - a
imobilidade vinha naturalmente. Eu soltei um risinho pela expressão de alivio
em sua face.
– Bem, aquilo
foi interessante.
– Hmm. – ela murmurou, claramente entendendo sobre o
que eu me referi, mas sem fazer
comentários. Eu daria tudo para ouvir o
que ela estava pensando naquele instante. Eu suspirei. Nem toda a vontade do
mundo me ajudaria com aquilo.
– Devemos? – Eu
perguntei, me levantando.
Ela fez uma
careta e se pôs de pé de uma maneira instável, com suas mãos espalmadas como se
ela estivesse com medo de que fosse cair. Eu poderia oferecer minha mão. Ou
poderia colocar minha mão por baixo de seu cotovelo - bem sutilmente - e
apoiá-la. Claramente não seria uma infração horrível… Sem equívocos.
Ela estava
muito quieta enquanto caminhávamos através do ginásio. Entre seus olhos uma ruga
se fazia evidente, um sinal de que ela não havia dormido muito. Eu, também,
estivera pensando profundamente.
Um toque em sua
pele não iria machucá-la, argumentava meu lado egoísta.
Eu poderia
facilmente moderar a pressão de minhas mãos. Isso não era algo dificil, enquanto
eu conseguisse me controlar. Meu senso tátil era melhor desenvolvido do que o de
um humano. Eu poderia fazer malabarismos com uma dúzia de cristais sem quebrar nenhum.
Eu poderia tocar uma bolha de sabão sem estourá-la. Enquanto eu estivesse em meu
pleno controle…
Bella era como
uma bolha de sabão - frágil e efêmera. Temporária.
Por quanto
tempo eu seria capaz de justificar a minha presença em sua vida? Quanto tempo
eu ainda tinha? Eu teria outra chance, como esta, como este momento, este segundo?
Ela não estaria
sempre ao alcance de meus braços…
Bella virou-se
para olhar-me à porta do ginásio, seus olhos arregalaram-se diante da
expressão de
meu rosto. Ela nada falou. Eu olhei para mim mesmo através do reflexo de seus
olhos e vi o conflito dentro de mim. Assisti a minha face se alterar enquanto
meu melhor lado perdia o argumento.
Minha mão se
levantou, sem um comando consciente para que isso acontecesse. Tão gentilmente
como se ela fosse feita do mais fino vidro, como se ela fosse tão frágil como uma
bolha, meus dedos tocaram a pele quente que cobria sua bochecha. Ela esquentou
ao meu toque e eu pude sentir seu sangue pulsar por baixo de sua pele alva.
“Já chega”, eu ordenei, apesar de minha mão estar
lutando para acariciar sua face. “Já chega.”
Foi dificil de
trazer minha mão de volta, de me fazer parar de me mover mais próximo a ela do
que eu já mais havia estado. Milhares de diferentes possibilidades explodiram
em minha mente em um átmo - milhares de maneiras de tocá-la. A ponta do meu
dedo traçando o contorno de seus lábios. Minha palma acariando seu queixo.
Puxando a presília de seus cabelos e deixando ele se espalhar em minha mão.
Meus braços envolvendo-a pela cintura, segurando-a contra a extensão de meu
corpo.
“Já chega.”
Eu forcei-me a
virar, para mover-me para longe dela. Meu corpo moveu-se pesadamente, sem
vontade. Deixei minha mente hesitante para olhá-la enquanto eu caminhava
apressadamente para longe, quase correndo da tentação. Eu capturei os
pensamentos de Mike Newton - eram os mais audíveis - enquanto ele via Bella
passar por ele sem notá-lo, seus olhos sem foco e suas bochechas coradas. Ele
se enfureceu e de repente meu nome se misturava a maldições em sua mente. Eu
não ajudei muito, sorrindo sarcásticamente em resposta.
Minhas mãos
estavam formigando. Eu as flexionei e então cerrei os punhos, mas elas continuaram
a me aferroar de forma indolor. Não, eu não havia machucado ela - mas ainda
assim, tocá-la havia sido um erro. Eu me sentia em chamas - como se a sede
ardente em minha garganta tivesse se espalhado por todo o meu corpo. Na próxima
vez que eu estivesse próximo a ela, seria eu capaz de me impedir de tocá-la novamente?
E se eu a toquei uma vez, seria eu capaz de parar por aí?
Sem mais
equívocos. Era isso.
“Contenta-te com a memória, Edward.”, eu disse para mim mesmo, rindo, e guarda
tuas mãos para ti mesmo. Era isso ou eu teria que forçar-me a partir, de alguma
forma. Pois eu não poderia permitir a mim mesmo de estar perto dela se eu
insistisse em cometer estes erros. Eu respirei profundamente e tentei afirmar
meus pensamentos. Emmet me encontrou do lado de fora do prédio de Inglês.
– Ei, Edward. – “Ele parece melhor, estranho, mas melhor.
Feliz.”
– Ei, Em. Pareço
feliz? – “Creio que sim, apesar do caos
em minha mente, eu me sentia dessa forma.”
“É melhor você manter a boca fechada,
garoto. Rosalie quer arrancar sua língua fora.”
Eu suspirei.
– Me desculpe
por tê-lo deixado encarregado disso. Está bravo comigo?
– Naw. Rose vai
superar isto. Era algo que estava destinado a acontecer de qualquer jeito. Assim
como o que Alice viu…
As visões de
Alice são algo que eu não quero pensar nesse instante. Eu olhei para o vazio, meus
dentes travados juntos. Enquanto eu procurava por alguma distração, eu capturei
um pensamento de Ben Cheney, entrando na sala de Espanhol na nossa frente.
“ Ah - aqui estava minha chance de dar a Angela
Weber o seu presente.”
Eu parei de
andar e peguei no braço de Emmet.
– Espere um
segundo.
– Que foi?
– Eu sei que
não mereço, mas você me faria um favor?
– O que é? – ele me perguntou, curioso.
Sussurradamente
- e numa velocidade que faria as palavras incompreensíveis para qualquer
humano, não importasse quão audíveis elas fossem ditas - eu expliquei a ele o que
eu queria. Ele me fitou, pasmo, quando eu terminei. Seus pensamentos tão
confusos quanto a sua expressão.
– E então? – eu
perguntei. – Vai me ajudar a
fazê-lo?
Levou um minuto
para que ele respondesse.
– Mas, por que?
– Qual é,
Emmet. Por que não?
“Quem diabos é você e o que fez com o meu
irmão?”
– Não é você
que sempre reclama da escola ser sempre igual? Isto é algo um tanto diferente,
não acha? Considere isto um experimento - um experimento sobre a natureza
humana.
Ele me fitou
por mais um momento antes de dizer.
– Bem, isto é
diferente, eu o farei…
– Okay, ótimo.
– Disse.
Emmet bufou e encolheu os ombros.
– Eu vou te
ajudar.
Eu sorri para
ele, me sentindo mais entusiasmado sobre o meu plano, agora que ele estava a
bordo. Rosalie era um saco, mas eu sempre devia a ela por ter escolhido Emmet, ninguém
tinha um irmão melhor que o meu. Emmet não precisaria praticar. Eu sussurrei as
instruções para ele, por sob a minha respiração enquanto entravamos na sala de
aula. Ben já estava em sua cadeira, atrás da minha, ajeitando seu dever de casa
para entregar.
Emmet e eu,
ambos sentamos e fizemos o mesmo. A classe ainda não estava em silêncio; o
burburinho de conversas paralelas continuaria até que a senhora Goff chamasse a
atenção. Ela não tinha pressa, estava contemplando os questionários da aula
passada.
– Então. – Emmet disse, sua voz mais alta que o
necessário - se ele estivesse realmente
falando apenas para mim. – Você já convidou a Angela Weber para
sair?
O som de papéis
farfalhado atrás de mim cessou abruptmente enquanto Ben congelava, sua atenção
repentinamente cravada na nossa conversa.
“Angela? Eles estão falando de Angela?”
Bom. Eu tinha a
sua atenção.
– Não. – eu disse, balançando minha cabeça lentamente
para parecer arrependido.
– Por que não?
– Emmet improvisou. – Está com medo?
Eu sorri para
ele.
– Não, eu ouvi
dizer que ela está interessada em outra pessoa.
“Edward Cullen vai chamar Angela para
sair? Mas… Não. Eu não gosto disto. Eu não o quero perto dela. Ele não… não é
bom para ela. Não é… seguro.”
Eu não havia
previsto o cavalheirismo, o instinto protetor. Eu queria a inveja. Mas qualquer
coisa funcionaria.
– Você vai deixar isso impedir você? – Emmet perguntou, improvisando novamente.
– Não
está a fim de
competição?
Eu me espantei
com ele mas fiz uso do que ele me deu.
– Olha, eu acho
que ela realmente gosta desse tal de Ben. Eu não vou tentar persuadi-la do
contrário. Há outras garotas. – A reação
na cadeira atrás da minha foi elétrica.
– Quem? – Emmet
perguntou, de volta ao script.
– Meu parceiro
de laboratório disse que é algum garoto chamado Cheney. Eu acho que não
sei quem é.
Eu mordi meus
lábios para não sorrir. Apenas os poderosos Cullens poderiam convencer alguém
com esse fingimento de não conhecer cada aluno dessa escola simplória. A cabeça
de Ben estava rodando em parafuso.
“Eu? Acima de Edward Cullen? Mas porque ela
iria gostar de mim?”
– Edward. – Emmet murmurou em um tom baixo, indicando o
garoto com os olhos. – Ele está bem atrás de você. – ele mexeu os lábios, de uma maneira tão óbvia que o humano facilmente
pode ler as palavras.
– Oh. – eu
murmurei de volta.
Eu virei meu
acento e olhei uma vez para o garoto atrás de mim. Por um segundo, os olhos
negros, atrás dos óculos, estavam amedrontados, mas então ele enrijeceu e
alinhou seus ombros estreitos, afrontado pela minha clara e depreciativa
avaliação. Seu queixo se projetou e uma vermelhidão de raiva escureceu sua pele
bronzeada.
– Huh. – eu
disse arrogantemente enquanto me voltava para Emmet.
“Ele pensa que é melhor que eu. Mas Angela
não. Eu mostrarei a ele.”
“Perfeito.”
– Você não
disse que ela levaria Yorkie para o baile? – Emmet perguntou, roncando ao dizer o nome do garoto demonstrando o
quanto desprezava sua esquisitice.
– Aparentemente
esta foi uma decisão tomada pelo grupo. – Eu
queria ter certeza de que Ben estava escutando claramente. – Angela é
tímida. Se B... se um garoto não tiver
coragem de chamá-la, ela nunca chamaria
– Você gosta de
garotas tímidas. – Emmet disse
improvisando. Garotas quietas. Garotas tipo… hmm, eu não sei. Talvez Bella
Swan?
Eu sorri para
ele.
– Exatamente. –
Depois eu voltei para a encenação. – Talvez
Angela se canse de esperar. Talvez eu a chame para o baile.
“Não, você não vai.” Ben pensou, sentando-se em sua cadeira. “E daí que ela é muito maior que eu? Se ela
não se importar, eu também não me importo. Ela é a garota mais legal, mais
esperta e mais bonita dessa escola. E ela me quer.”
Eu gostei desse
Ben. Ele parecia brilhante e bem esclarecido. Talvez até merecesse uma garota
como Angela. Eu mostrei meu polegar para Emmet por debaixo da carteira enquanto
a Sra. Goff parou e saudou a classe.
“Ok, eu admito - isso foi um tanto
engraçado”, Emmet pensou.
Eu sorri para
mim mesmo, feliz por ter sido capaz de fazer uma história de amor ter um final
feliz. Eu sabia que Ben ia cair na armadilha e que Angela iria receber meu
presente anônimo. Minha dívida foi paga.
Que tolos eram
os humanos, deixar um diferencial de 15 centímetros confundir sua
felicidade. Meu
sucesso me deixou de bom humor. Eu sorri novamente enquanto me arrumava em minha
cadeira para ser entretido. Afinal de contas, como Bella disse no almoço, eu
nunca a havia visto em ação em uma aula de educação física antes.
Os pensamentos
de Mike eram os mais fáceis de encontrar no monte de vozes que havia pela
quadra. Sua mente tinha se tornado bem familiar nas últimas semanas. Com um suspiro
eu me renunciei para ouvir através dele. Pelo menos eu poderia ter certeza que
ele estaria prestando atenção em Bella.
Eu estava quase
pronto para ouvir ele se oferecendo para ser o parceiro de Bella. Meu sorriso
se fechou, meus dentes se apertaram e eu tive que lembrar a mim mesmo que matar
Mike Newton não era uma opção permissível.
“Obrigada, Mike - você não precisa fazer
isso, sabe?”
“Não se preocupe, eu ficarei fora de seu
caminho.”
Eles sorriram
um para o outro, e flashes de numerosos acidentes - todos conectados a Bella de
alguma forma - se passando pela cabeça de Mike. Mike jogou sozinho primeiro,
enquanto Bella hesitava na metade de trás do pátio, segurando sua raquete
cautelosamente, como se ela fosse alguma espécie de arma. Então o treinador
bateu palmas enquanto caminhava e disse a Mike para deixar Bella jogar.
“Uh oh”, Mike pensou enquanto Bella caminhava com um suspiro,
segurando sua raquete em um ângulo estranho.
Jennifer Ford
jogou diretamente na direção de Bella com uma satisfação rondando seus
pensamentos.
Mike viu Bella dar uma guinada, batendo a raquete muito longe de seu alvo,
e ele entrou
para tentar salvar a jogada.
Eu observei a
trajetória da raquete de Bella com atenção. Com certeza ela tinha acertado a rede
esticada e saltou de volta para ela, dando uma pancada em sua testa antes de
quicar para acertar o braço de Mike com um ressonante “thwack”.
“Ow. Ow. Uhm. Isso vai deixar um hematoma.”
Bella estava
esfregando sua testa. Era difícil para mim ficar parando no lugar onde eu estava,
sabendo que ela estava machucada. Mas o que eu poderia fazer se estivesse lá? E
não parecia ser algo sério… eu hesitei, assistindo. Se ela tentasse continuar a
jogar, eu teria que arrumar uma desculpa para tirá-la da aula. O treinador riu.
“Desculpe, Newton.” Essa garota era a mais
azarada que eu já tinha visto. Não devia infligir sua presença aos outros.
Ele virou suas
costas deliberadamente e se moveu para assistir a outro jogo para que Bella pudesse
voltar ao seu lugar de espectadora.
“Oh”, Mike pensou de novo, massageando seu braço. Ele se virou
para Bella. “Você está
bem?”
“Sim, e você?” ela perguntou timidamente, corando.
“Acho que posso superar.” Não queria
parecer um bebê chorão. Mas, cara, aquilo doía! Mike balançou seu braço em um círculo,
retrocedendo.
“Eu ficarei aqui atrás.” Bella disse, além de dor, vergonha e
desgosto em sua expressão.
Talvez Mike
tivesse feito o pior. Eu certamente esperava que esse fosse o caso. Pelo menos
ela não estava mais jogando. Ela segurou sua raquete com tanto cuidado atrás de
suas costas, seus olhos grandes com remorso… eu tive que disfarçar a risada em
uma tossida.
“O que é engraçado?” Emmet quis saber.
–Te digo depois.
– eu murmurei.
Bella não se
aventurou a jogar de novo. O treinador a ignorou e deixou Mike jogar sozinho. Eu
fiz os exames rapidamente, ao final de uma hora e Sra. Goff me deixou sair mais
cedo. Eu estava ouvindo Mike atentamente enquanto cruzava o campus. Ele havia
decidido confrontar Bella a meu respeito.
“Jessica jura que eles estão se vendo. Por
que? Por que ele tinha que escolhe-la?”
Ele não havia
reconhecido o fenômeno real - que ela me escolheu.
“Então.”
“Então o que?”, ela perguntou.
“Você e Cullen, hein?” Você
e o esquisitão, ele pensou. Eu me pergunto, se um cara rico é tão importante
para você.
Eu cerrei os
dentes sob sua degradante suposição.
“Isso não é da sua conta, Mike.”
Defensiva. Então é verdade. Droga. “Eu não
gosto disso.”
“Você não precisa gostar.” ela rebateu.
Por que ela não podia ver o show de circo
que ele era? Como eles todos são. O jeito que
ele fica perto dela. Me dá até calafrios
de ver, ele pensou. – Ele olha para você como… como se você fosse
algo comestível.”
Eu me encolhi,
esperando pela resposta dela. Seu rosto se tornou vermelho brilhante, e seus
lábios se fecharam com força, como se ela estivesse segurando a respiração.
Então, subitamente, um riso falso saiu de seus lábios.
Agora ela está rindo de mim. Ótimo. Mike pensou se virou, com pensamentos
sombrios e foi se trocar.
Eu me encostei
na parede da quadra e tentei me recompor. Como ela poderia ter rido da acusação
de Mike - uma acusação tão certa que comecei a pensar que Forks tinha se
tornado muito percebido… Por que ela riria da acusação de que eu poderia
matá-la, quando ela sabia que isso era inteiramente verdade? Onde estava o humor
nisso?
O que havia de
errado com ela?
Ela tinha um
senso de humor mórbido? Que não se encaixava com a idéia que eu tinha de seu
caráter, mas como eu poderia ter certeza? Ou talvez meu sonho de que o tolo
anjo estava certo sobre uma coisa, que ela não sentia medo.
Corajosa - essa
era uma palavra para isso. Outros poderiam dizer estúpida, mas eu sabia quão
inteligente ela era. Não importa por que razão, essa falta de medo ou senso de
humor retorcido não era bom para ela. Era essa estranha falta de medo que a
colocava em perigo tão constantemente? Talvez ela precisasse de mim aqui para
sempre…
De repente, meu
humor estava aceso.
Se eu pudesse
simplesmente me disciplinar, me fazer seguro, então talvez fosse certo para mim
ficar com ela. Quando ela saiu pelas portas da quadra, seus ombros estavam
duros e seu lábio inferior estava entre seus dentes de novo - um sinal de
ansiedade. Mas assim que seus olhos encontraram os meus, seus ombros rígidos
relaxaram e um largo sorriso apareceu em seu rosto.
Essa era uma
estranha expressão de paz. Ela caminhou em minha direção sem hesitar, só
parando quando ela estava tão perto que a temperatura de seu corpo bateu em mim
como uma onda de maré.
– Oi. – ela
sussurrou.
A felicidade
que eu senti nesse momento era, novamente, sem precedentes.
– Olá. – eu
disse, e depois - porque com meu humor subitamente tão leve eu não podia resistir
em importuná-la - eu adicionei. – Como foi a educação física?
Seu sorriso
hesitou.
– Bem.
Ela era uma
péssima mentirosa.
– Sério? – eu perguntei,
pressionando-a - eu ainda estava preocupado com sua cabeça; ela estava sentindo
dor? - mas então os pensamentos de Mike Newton estavam tão altos que quebraram
minha concentração.
“Eu o odeio. Eu queria que ele morresse.
Eu desejo que ele bata aquele carro brilhante diretamente contra um penhasco.
Por que ele não pode simplesmente deixá-la em paz? Debandar para seu próprio
tipo - para os esquisitos.”
– O que? – Bella
exigiu.
Meus olhos se
refocaram em seu rosto. Ela olhou para as costas de Mike e depois de volta para
mim.
– Newton me
deixa nos nervos. – eu admiti.
Sua boca se
abriu e seu sorriso desapareceu. Ela devia ter se esquecido que eu tinha o poder
de assistir sua última hora calamitosa, ou tinha esperança de que eu não o
tivesse utilizado.
– Você estava
ouvindo de novo?
– Como está sua
cabeça?
– Você é
inacreditável! – ela disse através dos
dentes e então me deu as costas e cruzou furiosamente o estacionamento. Sua
pele ruborizou e ficou vermelho-escura - ela estava envergonhada.
Eu continuei
andando com ela, esperando que sua raiva passasse logo. Ela normalmente era
rápida para me perdoar.
– Foi você quem
disse que eu nunca tinha visto você na educação física. – eu expliquei. – Isso me deixou curioso.
Ela não
respondeu; suas sobrancelhas se juntaram. Ela parou subitamente no
estacionamento quando ela percebeu que o caminho para o meu carro estava
bloqueado por uma multidão de estudantes do sexo masculino.
– Eu me
pergunto quão rápido eles andam nisso.
– Olhe só a
marcha SMG paddles. Eu nunca os havia visto fora das páginas de revista.
– Belos side
grills.
– Com certeza
eu queria ter 60 mil dólares para passear…
Esse era
exatamente o motivo pelo qual era melhor que usássemos apenas o carro de
Rosalie. Eu
caminhei da multidão de garotos cheios de luxúria para o meu carro; depois de
um momento de hesitação, Bella me seguiu.
– Ostentação. –
eu
murmurei quando ela entrou no carro.
– Que tipo de
carro é esse? – ela se perguntou.
– Um M3.
– Eu não leio a
Carro e Motorista.
– É um BMW. – Eu rolei meus olhos e os foquei na ré para não passar por cima de
ninguém.
Eu tive de
encarar alguns meninos que não pareciam querer sair do meu caminho. Meio segundo
encarando meu olhar pareceu ser suficiente para convencê-los.
– Você ainda
está brava? – eu perguntei a ela. Sua expressão estava
relaxada.
– Definitivamente.
– ela respondeu brevemente.
Eu suspirei.
Talvez eu não devesse ter contado a ela. Oh, bem, eu poderia dar uma recompensa,
eu supunha.
– Você me
perdoará se eu pedir desculpas?
Ela pensou
sobre isso por um momento.
– Talvez… se
você realmente estiver arrependido. – ela
decidiu. – E se você prometer não fazer isso de novo.
Eu não ia
mentir para ela, mas não havia jeito de prometer isso a ela. Talvez se eu
oferecesse uma
boa troca.
– Que tal se eu realmente estiver arrependido e
eu concordar em deixar você dirigir no sábado? – Eu contraí os músculos com esse
pensamento.
A ruga entre
seus olhos enquanto ela considerava a nova barganha.
– Feito. – ela
disse depois de um momento pensando.
Agora, para
minhas desculpas… eu nunca tinha tentado deslumbrar Bella de propósito antes,
mas agora parecia ser uma boa hora. Eu olhei no fundo de seus olhos enquanto eu
dirigia para longe da escola, me perguntando se eu estava fazendo o caminho
correto. Eu usei meu tom mais persuasivo.
– Então, eu
sinto muitíssimo por ter deixado você triste.
Seu batimento
cardíaco acelerou e ficou mais alto que antes e o ritmo ficou abruptamente destacado.
Seus olhos se abriram um pouco, parecendo atordoados. Eu dei um meio-sorriso.
Pareceu que eu tinha feito corretamente. É claro que eu estava tendo um pouco
de dificuldade olhando através de seus olhos também. Eu estava igualmente
deslumbrado. Ter essa estrada memorizada era uma boa coisa.
– E eu estarei
à sua porta cedo no sábado de manhã. – eu adicionei, finalizando o acordo.
Ela piscou
rapidamente, balançando a cabeça como se para clareá-la.
– Uh. – ela disse. – Não ajudaria muito com a
história para o Charlie se eu não explicar um Volvo deixado na garagem.
Ah, como ela me
conhecia pouco.
– Eu não
pretendia levar um carro.
– Como ... – ela
começou a perguntar.
Eu a
interrompi. A resposta seria difícil de explicar sem uma demonstração, e agora
não era o momento certo.
– Não se
preocupe com isso. Eu estarei lá. Sem carro.
Ela entortou um
pouco a cabeça para o lado, e me olhou por um segundo como se fosse me
pressionar para saber mais, mas depois pareceu mudar de idéia.
– Já está muito
tarde? – ela perguntou, me lembrando da
conversa interminada na cafeteria
mais cedo; ela esqueceria uma pergunta
difícil apenas para se lembrar de outra pior.
– Eu acho que
está tarde. – eu concordei sem vontade.
Eu estacionei
em frente à sua casa, tenso em pensar em como explicar… sem deixar muito evidente
minha monstruosa natureza, sem assustá-la novamente. Ela esperou com a mesma
máscara educadamente interessada que ela havia usado no almoço. Se eu tivesse
sido menos ansioso, sua calma teria me feito rir.
– E você ainda
quer saber por que não pode me ver caçar? – eu
perguntei.
– Bem, na
verdade eu estava imaginando sua reação. – ela
disse.
– Eu assustei
você? – eu perguntei, certo de que ela negaria.
– Não. – Ela disse e tentei não rir.
– Peço
desculpas por ter assustado você. – E
então meu sorriso se desfez com o humor momentâneo. – Foi só o pensamento de ter você lá… enquanto
nós caçamos.
– Isso seria
ruim?
A figura mental
era demais - tão vulnerável na escuridão vazia; eu, fora de controle. Eu tentei
banir isso da minha cabeça.
– Extremamente.
– Por que…?
Eu respirei
fundo, me concentrando por um momento na sede que queimava. Sentindo-a, monitorando-a,
provando minha dominação sobre ela. Ela nunca me controlaria novamente - eu
desejei que isso fosse verdade. Eu seria seguro por ela. Eu olhei para as
nuvens bem vindas sem realmente vê-las, desejando que minha determinação
fizesse alguma diferença se eu estivesse caçando quando sentisse seu cheiro.
– Quando
caçamos… nos entregamos aos nossos instintos. – eu disse a ela, pensando em
cada palavra antes de dizê-las. – Governamos menos a mente. Especialmente
o olfato. Se você estivesse em algum lugar por perto enquanto eu estivesse fora
de controle desse jeito…– eu balancei
minha cabeça com agonia ao pensar no que iria - não no que poderia, mas no que
iria - certamente acontecer.
Eu ouvi o
espigão em seus batimentos e depois me voltei, sem descanso, para ler seus olhos.
Sua face estava composta, seus olhos graves. Sua boca estava levemente cerrada,
o que eu pensava ser preocupação. Mas preocupação com o quê? Sua própria
segurança? Ou minha angústia? Eu continuei a olhar para ela, tentando traduzir
sua expressão ambígua em fato concreto.
Ela olhou de
volta. Seus olhos ficaram maiores por um instante e suas pupilas se dilataram, embora
a luz não tivesse mudado. Minha respiração acelerou e, de repente, o silêncio
no carro parecia zunir, como na escura sala de biologia naquela tarde. A
pulsação corrente passou entre nós novamente, e meu desejo de tocá-la era,
brevemente, mais forte que a demanda da minha sede. A pulsante eletricidade me
fez sentir como se eu tivesse pulsação de novo. Meu corpo cantou com isso. Eu
me senti quase… humano. Mais que qualquer coisa no mundo, eu queria sentir os
lábios dela contra os meus. Por um segundo, eu lutei desesperadamente para
encontrar a força, o controle, para poder colocar minha boca tão perto de sua
pele.
Ela sugou uma
quantidade enorme de ar e só então eu percebi que quando minha
respiração
acelerou, ela parou de respirar no mesmo momento. Eu fechei meus olhos,
tentando quebrar a conexão entre nós.
Sem mais erros.
A existência de
Bella estava atada a milhões de delicados processos químicos, todos tão facilmente
rompidos. A rítmica expansão de seus pulmões, a passagem de oxigênio, era vida
ou morte para ela. A cadência agitada de seu frágil coração poderia ser parada
por tantos acidentes idiotas, ou doenças, ou… por mim.
Nenhum membro
de minha família hesitaria se lhes fosse dada uma chance de voltar atrás - se
imortalidade pudesse ser trocada pela mortalidade de novo. Qualquer um no nosso
mundo ficaria no fogo por isso. Queimaria por quantos anos ou séculos fosse
necessário. A maioria de nossa espécie prezava a imortalidade mais que qualquer
coisa. Existiam até certos humanos que buscavam isso, que procuravam em lugares
escuros alguém que pudesse lhes dar o mais sombrio dos presentes…
Não nós. Não
minha família. Nós poderíamos trocar qualquer coisa para sermos humanos. Mas
nenhum de nós já esteve desesperado por um caminho de volta como eu estava agora.
Eu olhei para
as microscópicas fossas e defeitos no pára-brisas, como se houvesse alguma solução
escondida no vidro. A eletricidade não havia desaparecido, e eu tive que me concentrar
para manter minhas mãos no volante. Minha mão direita começou a latejar sem dor
de novo, de quando eu a havia tocado antes.
– Bella, eu acho
que você devia entrar agora.
Ela obedeceu de
primeira, sem comentar, saindo do carro e batendo a porta atrás dela. Ela havia
sentido o potencial de desastre tão claramente quanto eu?
Sair a machucou
tanto quanto a mim por deixá-la ir? O único consolo é que eu a veria em breve.
Antes do que ela pudesse me ver. Eu sorri ao pensar nisso e então desci o vidro
e me debrucei para falar com ela mais uma vez - era seguro agora com o calor de
seu corpo fora do carro.
Ela se virou
para ver o que eu queria, curiosa. Ainda curiosa, embora ela tivesse me feito
tantas perguntas hoje. Minha própria curiosidade estava inteiramente
insatisfeita; responder as perguntas dela hoje só haviam me feito revelar meus
segredos - eu tinha tirado pouco dela a não ser por minhas suposições. Isso não
era justo.
– Oh, Bella.
– Sim?
– Amanhã é
minha vez.
Sua testa se
enrugou.
– Sua vez de
quê?
– Fazer
perguntas.
Amanhã, quando
estivéssemos em um lugar mais seguro, cercado de testemunhas, eu conseguiria
minhas próprias respostas. Eu sorri com esse pensamento e depois eu me virei,
porque ela não fez sinal de se afastar. Mesmo com ela fora do carro, o eco da
eletricidade moveu-se rapidamente no ar. Eu queria sair também ir com ela até a
porta, para ter uma desculpa para ficar ao seu lado.
Sem mais erros.
Eu liguei o
carro e depois suspirei enquanto ela desaparecia atrás de mim.
Parecia que eu
estava sempre correndo em direção à Bella ou correndo dela, nunca ficando no
lugar. Eu tinha que achar um jeito de me segurar se algum dia nós tivéssemos um
pouco de paz.
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